Esta aqui é a graça que eu adoro, que eu guardo do natal Salles na casa da Téte. A gente chega lá à 1h da manhã e o pessoal está animado, tocando e cantando um monte de mpb, antigas e novas, algumas compostas por eles mesmos, outras clássicas, outras desconhecidas. A gente canta, ri, se diverte, come a sobremesa, bebe vinho e compartilha carinho, com uma família que eu só vejo uma vez por ano.
Uma favorita é uma marcha de carnaval de 1984, quando um grupo de pessoas da Vila Madalena (meus tios entre eles) invadiu o desfile oficial (que passava pela Vila) cantando esta marchinha:
Em mil novecentos e oitenta e quatro
um glorioso arqueólogo
descobriu entre a fidalga e a wizard
uma catacumba milenar.
Chamaram tod'os neguinhos
e começaram a cavocar.
Tiraram a tampa da tumba
e do fundo do poço
ouviram um grito de arrepiar:
Que porra é essa?
Exclamou o faraó
Ôo Ôo
Tira a mão das ataduras,
me devolve a dentadura,
senão eu viro pó!
Em mil novecentos e oitenta e quatro
um glorioso arqueólogo
descobriu entre a fidalga e a wizard
uma catacumba milenar.
Chamaram tod'os neguinhos
e começaram a cavocar.
Tiraram a tampa da tumba
e do fundo do poço
ouviram um grito de arrepiar:
Que porra é essa?
Exclamou o faraó
Ôo Ôo
Tira a mão das ataduras,
me devolve a dentadura,
senão eu viro pó!
Na tal da vila todo mundo bebe,
na tal da vila todo mundo fuma,
na tal da vila todo mundo come,
e à meia noite nós viramos lobisomem
Em mil novecentos...!
A parte legal da história é que justamente no momento em que o apresentador começou a pedir pra escola clandestina se retirar do desfile, entrou o refrão da música com o "Que porra é essa?!"
sábado, 25 de dezembro de 2010
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Um comentário:
Talita,
Você tem alguma gravaçõa dessa musica?
Eu a ouviu a long time ago. abs
Toninho
Toninhosilvak@gmail.com
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