segunda-feira, 10 de maio de 2010

Noite

Esta noite de hoje está fria, e minha garganta dói. Mas achei o reminiscente de uma outra noite mais bela, de tanto tempo atrás, novamente 2003.

Noite

Ah... o ar da noite é pura magia.
Esse cheiro de dia terminando, esfriando, as emoções acalmando, Deus não podia ter inventado coisa melhor que esse suave frescor... O cheiro que vem no vento é tudo, é nada, é um pouco da vida da gente, tudo isso catalisado e acalmado, o burburinho vai diminuindo paradar lugar às atividades delícias da noite... barzinhos, banhos, cafés, livros nas varandas... e as baladas, com suas meninas ensandecidas, rapazes instintivados e drogas e música e loucuras, as baladas se isolam desse ar sadio, mas dele aproveitam a escuridão e a diversidade de vida que por ele passou.

A noite é dos corações inquietos.
É da lua. Das corujas. Dos automóveis. Das pessoas e dos cães vadios... A noite após a pizzaria foi a Paulista e seus carros exibicionistas, os recantos entre os prédios, os riacho entre as flores, conversa ao luar, violão no coração de São Paulo.

A noite é mãe de amores, é avó de paixões, babá dos enamorados. Cuida dos gatos nos telhados e dos mendigos dormindo sob as barracas nas quais de dia vendem artigos mil.

É a noite.

A noite me traz uma melancolia repleta de satisfação.
E meu irmão me traz uma serenata de amor.

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